
A SIRENE surgiu em fevereiro de 2016 após o rompimento da barragem de Fundão como um veículo para as vozes das pessoas atingidas, contando suas histórias e exigindo justiça. A participação popular é um dos princípios editoriais do jornal, que traz uma linguagem marcada pela oralidade e pelo testemunho direto.
Por ser uma produção popular e independente, dos próprios atingidos e atingidas, os recursos d’A SIRENE dependiam de verbas da Arquidiocese de Mariana, que as manteve até julho de 2019. Desde então, o jornal vem contando com diversas fontes de financiamento instáveis, e atualmente conta com campanhas de financiamento para se manter dia após dia, além de parcerias com instituições ligadas à justiça social e à sociedade em Minas Gerais. O número de jornalistas trabalhando na produção, como apoio técnico às pessoas atingidas, diminuiu e o jornal passou de impresso para digital.
“Eu penso que se cada atingido doasse 1 real, nós conseguiríamos manter o jornal, não é preciso muito recurso, mas sim muitas pessoas”, diz Sérgio Papagaio do Carmo, um dos editores-chefes d’A SIRENE e atingido da cidade mineira de Barra Longa.
Diante dessa situação, o programa de extensão institucional Sujeitos de suas Histórias – que também atua junto a comunidades atingidas pela mineração em Mariana a partir de marcadores como memória, identidade, afeto – agora atua em conjunto com A SIRENE, para que o jornal possa continuar sendo produzido. Os coordenadores, professores do curso de Jornalismo da Ufop André Luís Carvalho e Karina Gomes Barbosa, são agora conselheiro editorial e jornalista responsável pela produção do jornal, respectivamente. Além disso, duas extensionistas, estudantes de jornalismo, atuam na equipe do veículo.
Para ajudar a fazer ecoar mais longe a voz das pessoas atingidas, é possível doar por meio do link https://evoe.cc/jornalasirene.
Confira as edições digitais do jornal.
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https://www.facebook.com/JornalSirene
Por Stephanie Locker