
No começo do ano de 2020, o Projeto Pequenos Ouvintes, do qual faço parte, juntamente com os coordenadores e alunos do Programa Sujeitos de suas histórias, fizeram uma reunião e juntos decidimos o que fazer no primeiro semestre do ano. Mas com a pandemia, tivemos que readaptar os planejamentos. Assim como os outros projetos de extensão da UFOP, o Curiá retomou as atividades, e durante os meses de julho a dezembro produziu a Edição sobre a Covid-19 e a 4ª temporada com a temática Corpo Humano.
As diferenças entre produzir um podcast presencialmente e remotamente são muitas. Um dos principais são os acessos aos materiais. Na universidade, temos estúdio de gravação e laboratórios com computadores e programas de edição de áudio. Ao gravarmos os episódios em casa, tivemos que adaptar os aparelhos que já possuímos, usando o celular, por exemplo. Além de programas de edição que não são pagos. Mas essas não foram as maiores dificuldades encontradas.
Na minha opinião como bolsista, senti o Curiá afastado das crianças de Mariana, justamente porque o projeto tem como objetivo aproximar a rádio às crianças das comunidades da cidade. Nos anos anteriores à pré-pandemia, eu e as voluntárias do Curiá tínhamos a oportunidade de entrevistar e apresentar o Curiá nas escolas, fazendo com que meninos e meninas se sentissem parte da construção dos episódios. Apesar das crianças ainda fazerem parte do podcast, o número de fontes que participavam diminuiu. Por outro lado, o número de ouvintes do Curiá cresceu em outros lugares do Brasil, já que muitas fontes são das cidades de alunas que participam do projeto.
Giovanna Giaretta