Moradores do Santo Antônio reclamam atenção básica na infraestrutura do bairro

No dia 18 de agosto, o projeto Observatório da Cidade visitou o Santo Antônio. A Prainha, como o bairro é popularmente conhecido, é um dos mais carentes de atenção básica em infraestrutura.

A Rua Rosário Velho é a única que permite a entrada ao bairro, berço não só de Mariana como de Minas Gerais. Esta particularidade é citada por todos os moradores que têm suas vidas fundadas na comunidade. A primeira capela de Minas Gerais, a Capela de Santo Antônio, está ali, a primeira Câmara dos Vereadores também. Ambas as construções, porém, não são suficientes para garantir ao bairro um olhar diligente das autoridades públicas.

Vanderleia, 48 anos, veio de São Paulo e mora no Santo Antônio desde os 6. Ela reclama da falta de uma escola que possa acolher estudantes do Ensino Médio, bem como uma ponte que possa ligar as duas partes do bairro cortadas pelo Rio do Carmo. “A ponte que existe os próprios moradores que construíram, os políticos vieram olhar, disseram que fariam um projeto de melhoria, mas até hoje nada”, comentou.

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Outra moradora, Margarida, 56, elogiou o Centro Municipal de Educação Infantil Santo Antônio. Para ela, a creche é ótima, oferece refeições de qualidade para as crianças e atende a necessidade dos pais que precisam trabalhar. Ainda assim, sente falta de um local seguro onde as crianças possam brincar aos fins de semana.

O bairro não possui nenhuma praça, falta citada e sentida por todos os moradores entrevistados. A única opção é o Campo Esportivo Santo Antônio, que sofre com a falta de cuidado. Além da falta de iluminação noturna e a grama falha, Nilton, 38, reclama do matagal crescente ao redor do campo. “É perigoso, tem bicho peçonhento ali, a prefeitura quando faz alguma coisa, só põe fogo, não tem alguém para cuidar do espaço”, observou.

Ainda assim, uma beleza ainda paira na atmosfera de todo o bairro. Nas margens do Rio do Carmo é possível observar bancos, floreiras e árvores frutíferas cultivadas pelos próprios moradores. Uma interferência singela, mas poderosa. Um aspecto que mostra como o sentido de pertencimento ainda resiste em meio ao abandono.

Marcelo Afonso de Souza

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